19 julho 2008

Conto da estrela

Era uma vez uma estrela que morava na infinitude do céu. Sua luz era forte e inconfundível, pelo menos para aqueles que moravam naquela aldeia. Depois dos afazeres que ocupavam o dia , os aldeãos juntavam-se de noite a contemplar aquela estrela que para eles era inegualável e única, e sua presença era como que uma benção para aquele povo. Noite após noite, lá estava a população com os olhos cheios de ternura e cumplicidade apontados para o céu.
Um dia, a ausência da estrela alarmou a população; o povo questionava-se para onde teria ido, outros comentavam que a estrela se tinha cansado de iluminar a aldeia; a confusão instalou-se, até que uma voz solene vinda dos céus exclamou: "A estrela que iluminava a vossa aldeia veio para junto de mim. Quem vos fala é Deus, o Criador. Preciso da vossa estrela para iluminar as portas do Paraíso". E as gentes questionavam do fundo da sua inocência: "Então e agora, o que vamos nós contemplar? Aquela estrela era a nossa força e alegria."
Deus respondeu: "Não se preocupem, pois têm as outras estrelas que podem admirar."
As lágrimas correram pelos rostos das gentes da aldeia, e, a estrela, da longitude dos céus vendo isto, ordenou aos ventos que enviasse uma brisa para secar os rostos da população. E, foi nesse momento, que todos perceberam que a estrela estava lá para ajudar a aldeia, embora estivesse escondida por ordem divina.

PS: Faz hoje 6 anos que as nossas vidas ficaram mais escuras. Descansa em paz avô. Com muita saudade dos teus eternos "aldeãos"

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