12 maio 2010

Prosador das quatro letras-Parte II

Hoje é daqueles dias em que sinto a tua falta. O teu cheiro, o teu toque, a tua voz. Quero gritar ao mundo o que me vai na alma, mas não posso pois ninguém iria compreender. Olho para o passado, e imagino-te no meu presente e no meu futuro, pois és aquela que me faz sentir vivo, que me faz sentir que vale a pena. Sinto-me um marinheiro que enfrenta uma tormentosa tempestade sozinho. Sinto que não sou nem serei o mesmo depois de te ter conhecido, e sinto que neste caso a tempestade e a bonança trocaram de cadeira, pois tive a minha bonança contigo antes de ter conhecido a tempestade. Sinto que cada amanhecer é apenas mais um dia em que nada me vai animar. A ânsia de ter notícias tuas, de pegar no telemóvel cada vez que ele toca para ver se é o teu nome que surge no visor é algo que não consigo evitar. Hoje sonhei contigo, o que fez com que a saudade se acentuasse ao ponto de se tornar insuportável. A vida é assim. Só me resta viver um dia de cada vez. Mas sem ti é quase impossível e doloroso.

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